DEBATENDO ANTROPOLOGIA NO ENSINO MÉDIO: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA

September 5, 2016 | Author: Bruno Van Der Vinne Ávila | Category: N/A
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DEBATENDO ANTROPOLOGIA NO ENSINO MÉDIO: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA Daniele Severo da Silva1 1. Introdução O presente artigo realizará uma análise referente ao Processo Ensino e Aprendizagem no tocante à Antropologia, bem como sua aplicação/execução no Ensino Médio. Esta reflexão será possível por meio de análises das formas como os conteúdos referentes à disciplina de sociologia são trabalhados, uma vez que a antropologia não atua enquanto disciplina nos componentes curriculares do Ensino Médio. É trabalhada em conjunto com a Sociologia, disciplina que consta como componente curricular da matriz das escolas da rede de ensino. O processo ensino e aprendizagem muito se relaciona com as estratégias que são utilizadas pelos docentes que ocupam a cadeira de sociologia, e acabam por trabalhar Antropologia, bem como ciência política.

Esta análise se tornou possível em função da

experiência profissional com o próprio campo de estudo, sendo uma reflexão iniciada em 2013 e registrada até 2015, desta forma foi utilizada, de modo intensivo, a metodologia de Malinowski (1984), a etnografia por meio da observação participante. A pesquisa que aqui se apresenta se torna prazerosa, uma vez que é relevante para o desenvolvimento do processo social do conhecimento e também da formação do estudante, no sentido de este se perceber enquanto sujeito possuidor de cultura, inserido dentro de uma sociedade multicultural. Para que se torne possível atingir os objetivos deste trabalho iniciaremos realizando uma contextualização quanto à Antropologia e sua relação com o Ensino Médio, posterior a isto, faremos uma reflexão acerca de como a mesma é trabalhada em sala de aula, e ainda, como os estudantes a observam e, por fim, retomaremos a 1

Possui Especialização em Sociologia e Ensino de Sociologia. Professora Substituta pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). [email protected]

discussão desenvolvida durante todo o trabalho, que é a importância desta área de conhecimento no processo de formação de estudantes da rede de ensino básico. Para fins de sugestão, apontaremos caminhos que acreditamos contribuir para eficácia de seus ideais. Como apontamos a metodologia escolhida para o desenvolvimento desta pesquisa fora a Etnográfica, uma vez que: Os princípios metodológicos podem ser agrupados em três unidades: em primeiro lugar, é lógico, o pesquisador deve possuir objetivos genuinamente científicos e conhecer os valores e critérios da etnografia moderna. Em segundo lugar, deve o pesquisador assegurar boas condições de trabalho, o que significa, basicamente, viver mesmo entre os nativos, sem depender de outros brancos. Finalmente, deve ele aplicar certos métodos especiais de coleta, manipulação e registro da evidencia. (MALINOWSKI, 1978, p. 20)

Tal método se fez possível, pois a Sociologia é dotada de objetivos estruturados que fazem necessária uma metodologia que abarque essa reflexão de modo satisfatório. A pesquisa de três anos ocorreu de forma direta entre pesquisador e nativos, no caso os nativos aqui são nossos interlocutores, os estudantes, e os métodos especiais de coleta se deram por meio da interação social entre os envolvidos na pesquisa. O que ficou evidente é que ao se aplicar tal método a pesquisa ganhou um grau de reflexão que até então não se tinha alcançado, uma vez que a observação participante contribui para a aceitação do pesquisador no grupo ao qual busca investigar. Ao passo em que estamos em campo, percebemos a necessidade dos estudos teóricos para que nossos argumentos não fiquem pautados apenas no senso comum, visto que: (...) O pesquisador de campo depende inteiramente da inspiração que lhe oferecem os estudos teóricos. É certamente possível que ele próprio seja também um pensador teórico; nesse caso, encontrará em si próprio todo o estimulo à sua pesquisa. Mas as duas funções são bem distintas uma da outra, e na pesquisa propriamente dita devem ser separadas tanto cronologicamente quanto em condições de trabalho. (MALINOWSKI, 1978, p.23)

Embora sejam atividades distintas, campo e estudos teóricos, ambos são imprescindíveis para o desenvolvimento eficaz da pesquisa. Na reflexão que aqui submetemos percebemos o quanto a consonância entre esses dois pontos é necessária para que as ideias fiquem coesas.

2. As Ciências Sociais E Suas Três Áreas de Conhecimento: Antropologia, Ciência Política e Sociologia As Ciências Sociais compõem um campo de conhecimento que se encontra dentro do campo das ciências humanas. Na contemporaneidade temos acesso a intelectuais que estão imbuídos desta discussão por meio de suas pesquisas e produções. Este acesso nos é permitido por meio de referências bibliográficas e também discussões realizadas em eventos que abordam temáticas sociais e na própria graduação em Ciências Sócias. Ao passo que temos curiosidade de saber de modo específico o que esta área de conhecimento nos oferece, percebemos logo que seu pilar se encontra embasado em três disciplinas: Antropologia, Ciência Política e Sociologia. Estas disciplinas são trabalhadas de forma modular, por assim dizer, partindo do simples para o complexo, distribuição esta que varia de acordo com o Projeto Político Pedagógico de cada curso de graduação em Ciências Sociais. No entanto, nosso foco é frisar a importância da atuação destas disciplinas no processo de formação do docente e posterior a isso, no modo como este se utiliza dos conhecimentos trabalhados e como compartilha com estudantes da rede básica de ensino. Este processo se torna evidente ao observarmos que: A história social das ciências sociais não é uma especialidade dentre outras. Ela é o instrumento privilegiado da reflexividade crítica, condição imperativa da lucidez coletiva e individual. Sem dúvida, ela pode também servir para o ressentimento e a má-fé, quando dela se esperam apenas satisfações sem o perigo da indignação e da denúncia retrospectivas, ou os benefícios assegurados por uma defesa sem riscos de boas causas passadas. Mas, realmente, ela só encontra sua justificação quando consegue atualizar os pressupostos inscritos no princípio dos empreendimentos científicos do passado, os quais perpetuam, freqüentemente no estado implícito, a

herança científica coletiva, os problemas, os conceitos, os métodos ou as técnicas.(BOURDIEU, 2002, p.143)

Percebemos aqui que as ciências sociais tem seu campo próprio de atuação e é imprescindível para o processo de formação tanto do professor como do discente, uma vez que permite a ambos um processo de reflexão crítica, um resgate da alienação que normalmente os indivíduos se encontram. Este processo ocorre de forma individual e nas relações coletivas. Ao passo que os indivíduos percebem que estão inseridos nesta roda de relações e entendem o modo como atua o modelo ideológico dominante, estes passam a tomar consciência do processo de exploração ao qual são submetidos e notam a importância de agir de forma coletiva, de se integrarem, tendo em vista que grande parte da população, dentro dos moldes da estratificação social da sociedade capitalista, se encontra na esfera social mais baixa. Cabe salientar que as ciências sociais encontra-se em um campo diferenciado como podemos ver a seguir: O campo das ciências sociais está numa situação muito diferente da dos outros campos científicos: pelo fato de que ele tem por objeto o mundo social e que pretende produzir dele uma representação científica, cada um dos seus especialistas está em concorrência não somente com outros cientistas, mas também com os profissionais da produção simbólica (escritores, políticos, jornalistas) e, mais amplamente, com todos os agentes sociais que, com forças simbólicas e sucessos desiguais, trabalham para impor sua visão do mundo social (usando meios que vão do mexerico, do insulto, da difamação ou da calúnia aos libelos, panfletos ou às tribunas livres, para não falar das formas de expressão coletivas e institucionalizadas de opinião, como o voto). Isso constitui uma das razões pelas quais esse especialista não consegue obter, tão facilmente quanto os outros cientistas, o reconhecimento do monopólio do discurso legítimo sobre seu objeto, que reivindica por definição, pretendendo a cientificidade. Seus concorrentes do exterior, mas também por vezes do interior, podem sempre apelar ao senso comum, contra o qual se constrói a representação científica do mundo. Eles podem, inclusive, fazer esse apelo recorrendo ao modo de validação de opiniões corrente na política (principalmente quando a autonomia do campo político tende a anular-se face a uma demagogia populista, que finge conceder a todos o poder e o direito de julgar tudo). ((BOURDIEU, 2002, p.145-146)

O cientista social obtém objetos e mundos sociais como instrumentos de avaliação/estudo que os permitem realizar reflexões referentes às representações

simbólicas das ações realizadas por indivíduos que compõem os grupos que realizam interações dentro das instituições sociais, dentre elas a escola. Na instituição escolar, o papel dessas disciplinas é imprescindível para que os sujeitos envolvidos nestes círculos possam obter êxito e perceber seu papel transformador dentro da sociedade, pois como vimos no trecho supramencianado as ciências sociais, ou seja: Antropologia, Sociologia e Ciência Política, nos permite a fuga às discussões pautadas no senso comum. Neste campo de pesquisa é importante salientar que dentro da Rede de Educação Básica as Ciências Sociais são aplicadas por meio da disciplina de Sociologia, tendo em sua obrigatoriedade por meio da lei 11.684 de 2008, esta incluída na LDB—Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

3. Antropologia No Ensino Médio: Compreensão dos Significados Por Meio da Simbologia A antropologia, como já tratado anteriormente, trata-se de uma disciplina trabalhada de modo inicial dentro da graduação em Ciências Sociais, posterior a isto, aos que resolvem se aprofundar nesta área de conhecimento, há a existência de cursos de Pós-Graduação, como programas de mestrados e doutorados, específicos na área. No entanto a novidade que se tem para alguns estudantes que ingressam em cursos superiores é o nome da disciplina, ou seja, ―Estudar Antropologia‖, algo que a princípio seria novo, tal surpresa se desconstrói com os primeiro contatos de introdução a antropologia, no qual percebemos seu objeto de estudo, conhecemos suas ramificações em antropologia física, biológica e cultural e percebemos que o que se estuda na escola, por meio da disciplina de sociologia, no que se refere aos conhecimentos antropológicos, em sua maioria, faz parte da antropologia cultural. Uma vez que é o:

Campo mais amplo da ciência antropológica. Abrange o estudo do homem como ser cultural, isto é, fazedor de cultura. Investiga as culturas humanas no tempo e no espaço, suas origens e desenvolvimento, suas semelhanças e diferenças. Tem foco de interesse voltado para o conhecimento do comportamento cultural humano, adquirido por aprendizado, analisando-o em todas as suas dimensões. (MARCONI, PRESOTTO, 2004,p. 4-5)

Tendo em vista toda essa dimensão de estudo, dentro desse campo antropológico, percebemos a necessidade da compreensão de diversos conceitos, próprios da área de conhecimento da antropologia, como por exemplo: alteridade, símbolos, etnocentrismo, entre outros, que por muitas vezes se fazem necessários para compreensão dos conteúdos. A compreensão da Antropologia cultural como o estudo do homem e sua cultura, nos permite pensar uma relação com a alteridade, por meio dos processos de interação entre o ―eu‖ e o ―outro‖ e seus desdobramentos de interações sociais. Aqui cabe ressaltarmos que compreendemos como etnocentrismos posturas individuais ou coletivas que julguem determinadas práticas superiores a outras, ou seja, sociedades e suas culturas vistas como algo em processos de evolução, na qual algumas cresceram e evoluíram de modo mais intenso que outras, uma vez que temos que compreender que: O problema aqui é que, dada a variedade de significados culturais que os grupos humanos podem atribuir às suas experiências no mundo, cada um deles tende a considerar a sua própria visão das coisas como a mais correta; como aquilo que realmente é ―humano‖, ―civilizado‖, ―norma‖, ―natural‖. Isto porque a cultura tem a capacidade de dar a base, de modelar o modo de cada pessoa pensar a vida e se colocar no mundo. E isso é tão interiorizado que as pessoas não tem consciência de que vêem o mundo e os outros através desses ―óculos‖ fornecida pela cultura do grupo onde elas foram criadas. Por isso, consideram seu modo de conceber as coisas e de julgá-las (as definições do que é certoe do que é errado, por ex.), como sendo natural. (SILVA, 1988, p. 7-8)

O entendimento dos significados dos símbolos muitas vezes são distintos quando analisamos diferentes sociedades. Isto recai também nos âmbitos educacionais, neste caso, os estudos antropológicos contribuem de forma significativa para o avanço das compreensões das relações sociais, no sentido de

perceber a forma como estas atuam compreendendo a alteridade e dissipando muitas das ações etnocêntricas, que como vimos, muitas de tais práticas, fazem parte do processo de socialização do indivíduo passando a integrar às suas práticas como

se

fossem

ações

naturais.

É

importante

perceber

que

esses

costumes,vestidos por nós, fazem parte do nosso processo de colonização imposta, estabelecido pelos lusitanos. Durante o período de campo desta pesquisa foi possível observar alguns materiais didáticos. Neste artigo será destacado um deles, a obra: ―Sociologia Para O Ensino Médio” (TOMAZI, 2010). Esta referência é composta por seis unidades, onde encontramos conteúdos das três áreas de conhecimento das Ciências Sociais. No que tange a este objeto de estudo, pudemos perceber que a Antropologia encontra-se desamparada, no que se refere aos conteúdos contemplados, bem como as metodologias utilizadas por parte de alguns docentes em sala de aula. Não cabe aqui fazermos uma crítica ao material didático e/ou ao professor, ao contrário a obra é rica, dentro do que se propõe e no modo como trabalha aquilo que publica. No entanto, por ser uma obra de volume único (TOMAZI, 2010), há conteúdos e conceitos essenciais para uma discussão basilar antropológica, não contemplados neste material didático, compreensível uma vez que a própria estrutura do referido material que se deve produzir para atender aos anseios do Ensino Médio, deve ser em um único volume com vistas a contemplar as três séries do Ensino Médio, isto analisando sob a perspectiva do Estado de Rondônia. A unidade 6 (TOMAZI, 2010) da obra didática qual estamos analisando versa sobre a Cultura e Ideologia, sendo por meio desta discussão, o momento onde a Antropologia atua de forma mais incisiva no processo de formação dos estudantes. Embora seja algo breve, o autor o trabalha com muito cuidado, trazendo à baila alguns conceitos como: Cultura, Etnocentrismo, Ideologia. O que se torna interessante e prazeroso, principalmente quando trabalhado por profissionais qualificados no que tange à formação especifica na área de ensino. Entendemos aqui que a antropologia vem nesta obra sistematizada por meio do conceito de cultura, o se faz com que apontemos ressalvas uma vez que temas tão quão

importantes acabam sendo deixados fora da discussão, como por exemplo o tema: ―Gênero e sexualidade”. Percebemos que uma das dificuldades encontradas é o fato da Antropologia não existir enquanto disciplina no Ensino Médio, no entanto: Cabe-nos, portanto, reconhecer a Antropologia como uma Ciência Social legítima, que ao mesmo tempo aproxima-se da sociologia, mas também traz características idiossincráticas no processo de conhecimento. Essa perspectiva se manteve, como podemos observar ao analisar as diretrizes curriculares para o curso de Ciências Sociais (...) (OLIVEIRA, 2013, p. 8)

Tais questões nos fazem perceber a necessidade de que se tenha uma conquista para indivíduos licenciados em Ciências Sociais e se estabeleça a Antropologia, enquanto disciplina obrigatória, e consequentemente que se tenha necessidade de produção de materiais de apoio que contemplem os conteúdos básicos nesta área de estudo. Enquanto não chegamos ao ponto que colocamos acima, se faz necessário realizar alguns ajustes, dentro da estrutura de ensino que hora se apresenta, como por exemplo, que atue como docente em Sociologia apenas aqueles que são realmente formados na área. Colocamos esta questão enquanto problemas, pois durante o tempo em que tivemos contato com a rede de Educação Básica de Ensino, percebemos que muitos dos profissionais possuem outras graduações, até mesmo na área das exatas. Como a maioria das cadeiras de sociologia, ao menos na capital de Porto Velho-RO, são ocupadas por profissionais de outras áreas o processo Ensino - aprendizagem ocorre de forma insatisfatória, uma vez que os condutores da disciplina não conhecem e não compreendem os reais objetivos da disciplina e acabam utilizando da mesma para complementarem sua carga-horária de trabalho. Não é objetivo desta pesquisa culpabilizar o docente, uma vez que tal prática faz parte da estrutura educacional em Rondônia, no entanto cabe-nos demonstrar a realidade para que possamos compreender de forma mais específica o modo como se é trabalhada a Antropologia em sala de aula. E diante do exposto observamos uma fragilidade intensa, o ensino de Antropologia não se dá de forma devido, muitas vezes são conteúdos não abordados, ou apenas solicitados

resumos dos estudantes, que o fazem com vistas de obtenção de nota, tendo em vista que o não alcance de média possibilitaria aos estudantes ter que repetir novamente a série cursada. Para que se alcance o sentido real da disciplina de Antropologia, apontamo-las enquanto matéria que seria o ideal para atender aos seus fins, para tanto é essencial que os indivíduos possuam Graduação em Antropologia ou Ciências Sociais, para que possam trabalhar os conceitos de modo adequado e fazer com que a disciplina saia desse papel de complemento de carga de trabalho de professores e em casos também que acaba por ser colocada enquanto conteúdos que auxiliam ao debate sociológico: portanto, trata-se de uma problemática que tem a contribuir com o Ensino Médio não apenas agregando uma bagagem teórica ao aluno, mas também, lançando elementos que possam problematizar o próprio espaço educativo e o que se vivencia nele. (OLIVEIRA, 2013, p. 11).

Percebe-se que com tal estrutura que as metodologias, pelos professores, utilizadas não contribuem para que os estudantes associem suas próprias vivências a questões culturais, o que vemos é que poucos percebem que os livros didáticos abordam questões antropológicas e políticas, sendo mais realística poucos percebem qual o real objetivo da disciplina de sociologia, tampouco identificar outras disciplinas dentro daquele material ou mesmo uma interdisciplinaridade, aqui se encontra mais uma razão que se faz essencial conhecimento específico para que as Ciências Sociais cumpra com seus objetivos. Essas reflexões de não sucesso, por assim dizer em relação ao modo como se é trabalhada a Antropologia, a Sociologia e a Ciência Política se deram em função de estudos específicos na voltadas para didáticas de ensino. A questão da compreensão critica é de estrema relevância no processo ensino-aprendizagem tendo o diálogo uma das formas metodológicas existentes (FREIRE, 2013). A relação entre professor – aluno também é de fundamental importância, pois influencia de modo direto nos processos cognitivos da interação (LIBÂNEO, 2013).

Por isso é de estrema relevância profissionais bacharelados e licenciados em Ciências Sociais.

4. Considerações Finais Com o desenvolvimento desta pesquisa percebemos que a disciplina de sociologia passa por dificuldades em sua execução, uma vez que não é suficiente os profissionais formados trabalhando na área. Ao passo que estendemos a discussão para o ensino de Antropologia, percebemos que o grau de dificuldade se intensifica, uma das dificuldades se dá justamente pelo exposto acima, outras questões foram levantadas também, como por exemplo, a falta de conteúdos basilares para compreensão antropológica nos materiais didáticos que são estudados pela Antropologia, percebemos, de acordo com a obra qual analisamos, que tal ensino vem representado basicamente pela discussão de cultura, que embora reconheçamos tal tema enquanto ponto fundamental dentro da Antropologia percebemos que também necessidade que se trabalhes outros temas que são tão qual importantes a este. Acreditamos que é de fundamental importância ter em voga este debate e trazer como proposta a Antropologia enquanto disciplina pertencente ao componente curricular do Ensino Médio, e que a mesma seja protagonista de sua história, claro que para isto se coloca a necessidade se ser trabalhada por profissionais formados na área.

5. Referências BOURDIEU, Pierre. A causa da ciência: Como a história social das ciências sociais pode servir ao progresso das ciências. Disponível em. Acesso em 20. Ago. 2016. BRASIL. Lei Nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em . Acesso em 03.jun.2013.

______. Lei Nº 11684, de 02 de junho de 2008. Disponível em . Acesso em 02.jun.2013. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire – 44ª ed. – Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2013. LIBÂNEO, José Carlos. Didática / José Carlos Libâneo. – 2. ed. – São Paulo : Cortez, 2013. MALINOWSKI, Bronislaw Kasper. Introdução. In: MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental : um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné Melanésia / Bronislaw Malinowski ; prefácio de Sir James George Frazer ; traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça ; revisão de Eunice Ribeiro Durham. – 3 ed. – São Paulo : Abril Cultural, 1984. (P. 17- 34). MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia: Uma Introdução. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014. OLIVEIRA, Amurabi. A Antropologia no ensino médio: uma análise a partir dos livros didáticos. Cadernos de Estudos Sociais, Recife, v.28, n. 2, p. 01-23, jul/dez, 2013. Disponível em: acesso em 05 de Maio de 2016. SILVA, Aracy Lopes da. Índios. São Paulo-SP: Ática, 1988. TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia Para O Ensino Médio. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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